segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Vales rochosos




Nos inúmeros morros da Serra de São Martinho observamos  o verde escuro da vegetação arbórea nativa preservada contrastando com partes  desmatadas,  e com diversas áreas claras no terreno íngreme que  são campos ou lavouras.

Vimos plantações de milhos com espigas vistosas, às vezes entremeadas com plantios de mandioca. Encontramos bosques de eucaliptos, e notamos troncos deles empilhados na beira de uma estrada.

Falamos com alguns moradores da localidade quando passávamos em frente suas casas.  Dona Olinda nos surpreendeu o tanto de solstícios e equinócios que ela conta  há mais de cinquenta anos naquela região. Dona Pureza nos indicou seguir à direita na bifurcação da estrada de São Martinho com àquela de Água Negra. Descobrimos que pessoas da família Mezzomo denominam de Estrada Braida o caminho que alguns deles ainda não percorreram até Itaara.



Descobrimos uma trilha  íngreme no mato que acessa a parte superior da cascata. Também optamos por caminhar pelo campo para chegar no poço d'água natural,  por isso andamos a montante dentro do riacho coberto pela  mata ciliar.  
O sombreamento das árvores tornava a temperatura amena, e as rochas basálticas escuras deixavam a água corrente mais fria.

Recordava-me pouco a primeira vez que estive no  local há mais de dez anos. As imagens  fotográficas captadas na tarde de 18.12.2002 registraram aquela visita.

O domingo estava ensolarado  e quente, mas ninguém pegou nenhum ramo  de macelas floridas. Os guabijús frutificados estavam maduros demais pra serem coletados, e apenas notamos os frutos gelatinosos dos umbus na trilha.

O Eduardo, o Stéfano, e o Valter ficaram sabendo porque alguns denominam a cascata de água negra.   Também caminharam em direção as romãzeiras  e aos figos maduros, às laranjeiras, às bergamoteiras e aos limoeiros com frutos verdes do  quintal  de uma casa de madeira abandonada perto da estrada.

Da esquina da Av. Borges com João Barin percorremos cerca de 15km  no Fiat Uno dirigido pelo Valter por estrada pedregosa de chão batido. Passamos por riachos; rodamos  trechos estreitos com espaço apenas para um veículo cruzar. Contemplamos longos túneis verdes formado pelas copas das árvores nativas;  uma caminhada agradável para ser realizada em qualquer época do ano.