Demoramos na beira de um açude enorme, perto da Vila Bloch. Algumas dúvidas para identificar um mamífero nadando, era uma lontra. Ademais, aguardávamos a pequenina andorinha terminar a exibição para notar que sua cabeça não possuia nenhuma listra branca.
A manhã nublada prolongou o tempo que levamos para que o mergulhão-grande fosse identificado. Estávamos às margens do açude no km 331, da BR 392, observando que durante o voo a viuvinha-de-óculos contrasta seu corpo preto com uma faixa branca nas asas.
A previsão de chuva efetivou-se à tarde. Andamos por campo úmido e pardacento coberto pelo capim-annoni, ali encontramos trevos amarelos floridos. Visitamos a mata nativa onde o Luis registrou a ocorrência do Jaó-do-litoral. Ele comentou que antigos moradores relataram que a espécie está presente no local há anos.
Mais do que as alturas das árvores foi o tronco marrom avermelhado do araçá que nos impressionou quando entramos no mato. Os frutos do jerivá estão verdes. Passamos por alguns açoita-cavalos de diâmetros avantajados. Encontramos pegadas de pequenos felinos. Cruzamos várias vezes um riacho, cujo curso d'água serpenteia pelo interior da floresta.
O Clube de Observadores de Aves fez várias tentativas para efetivar esta saída de campo. Um grupo de oito pessoas viajou em três veículos a partir de Santa Maria em direção ao Sul do Estado. Rodaram cerca de 50km por terreno plano com vastas áreas cobertas pela palha do resto do cultivo de arroz.