segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Tesourinhas em campo florido


Caminhamos por um campo amarelado pelas marias-moles floridas para nos aproximar de três tesourinhas. Cruzando por muitas carquejas  encontramos uma perdiz. Os ferrugíneos gibões-de-couro faziam algumas exibições antes de pousar no alto das tunas. Identificamos pombões voando. Visualizamos duas siriemas perambulando por uma plantação de nogueiras.
Fomos em direção ao topo do Morro dos Lagartos. Paramos várias vezes para fotografar um pequeno réptil que é estudado naquela região. Encontramos alguns sobre as rochas desnudas. O tempo que eles permaneceram imóveis foi suficiente para que se fizessem os registros.
Consideramos que o alaranjado nas encostas eram as copas das corticeiras-da-serra cobertas de flores. Ademais, a panorâmica incluía o vale do Campestre do Divino com a Serra de São Martinho, e parte da região oeste de Santa Maria.
Estava um pouco nublado quando percebemos o voo em forma de “V” ou "U", que 61 maçaricos-pretos fizeram em direção ao norte. Ouvimos vocalização de um pitiguari. Fotografou-se um canário-do-campo pousado em fio de cerca. Aproximamo-nos de um balança-rabo-de-máscara numa mata ciliar. Encontramos duas marrecas-irerês num banhado.
As folhas novas da guajuvira a deixaram mais verdejante; enquanto a maioria descansava sob sua copa, alguém do grupo veio nos informar que encontrara dois joões-bobos na mata; encaminhamo-nos para registrar a ocorrência. A falta de luz solar, e a coloração acinzentada da ave, dificultaram a primeira observação que fiz da espécie; dois indivíduos permaneceram pousados por vários minutos nos ramos de uma árvore nativa.

O Clube de Observadores de Aves organizou o passeio; quinze pessoas viajaram em cinco veículos na manhã do terceiro sábado de outubro de 2011. A partir da esquina da Av. Medianeira com   Rua Floriano Peixoto, no centro de Santa Maria, percorremos 12km até a Capela de Santo Antão, na ERS 516; mais 3km para chegar na casa do Paulo, o pai do Antonio, e filho do Seu João, na localidade do Campestre do Divino.
João-bobo (Nystalus charuru ). Nystalus – do grego nustalus = sonolento, inativo, inerte (referência ao comportamento quieto e letárgico desta ave). Charuru – de charurú, nome onomatopaico indígena guarani (Paraguai) para esta ave. Fonte: Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem.

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