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Centro de São Martinho da Serra. |
Da ponte do Rio Ibicuí seguimos pela estrada do perau velho,
observamos vários trechos arborizados, cruzamos por fortes e sinuosas curvas, numa
delas ergueram o monumento que lembra os maragatos degolados na Revolução Federalista, verificamos que o caminho está calçado com rochas basálticas deste local até a entrada da cidade. Percorremos toda a extensão da Av. 24 de Janeiro, a principal via urbana com casas centenárias que atravessa São Martinho da Serra; depois seguimos pela estrada de chão batido em direção ao Rio Negrinho. Como surgiram dúvidas na bifurcação em Trindade, na trifurcação da entrada da propriedade onde se localiza o Passo da Ovelha, e na sede da fazenda, voltamos até a estrada principal.
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Rápido no Passo da Ovelha. |
Procuramos alguém para confirmar onde nos encontrávamos, voltamos
até a trifurcação, tomamos a estrada mais à esquerda e logo passamos por um pequeno riacho, entramos na
primeira bifurcação à direita; iríamos conhecer o Rincão do Guassupi; logo avistamos
dois cavaleiros vindos em direção contrária. Paramos para conversar com o
Nelson e seu filho, o primeiro montava um cavalo lobuno preto crioulo chamado
perpétuo, o outro andava numa quarto de milha zaina negra; eles residem há
vários anos na localidade, relataram que é a primeira vez que cultivam soja numa
área de 20ha; indicaram-nos o caminho para o Rio Negrinho; antes, permitiram que abríssemos as porteiras de sua
propriedade para visitar as margens do Rio Guassupi; passamos por uma trilha em
campo aberto, atravessamos outra no meio da lavoura de soja frutificada com
folhas amarelas. Explicou como chegar na fazenda do Ademar, e falou que conhece o José Luis, que trabalha na propriedade onde
se localiza o Passo da Ovelha; ressaltou
que deveríamos nos orientar pela cerca principal até encontrar uma porteira.
Constatamos que a coloração parda, verde ou frequentemente
verde-amarelada das lavouras de soja dominam amplas coxilhas, e muitas vezes comprimem a exígua mata ciliar na beira dos afluentes
do Rio Guassupi. Como encontramos várias pitangueiras tombadas
com suas raízes arrancadas num campo nativo, percebemos que quem prioriza o cultivo
daquela leguminosa em vastas áreas considera a existência de qualquer outra
espécie arbórea nativa um obstáculo a ser eliminado.
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Lavoura às margens do Rio Guassupi. |
Ficamos surpresos com o som do movimento d’água no Passo da
Ovelha. Andamos pela pequena margem esquerda rochosa íngreme coberta com pouca mata nativa, admiramos as vivazes pétalas
vermelhas de um angiquinho, avistamos
um gerivá frutificado, observamos um
bando de tiribas-de-testa-vermelha na copa de um pinheiro-bravo
alimentando-se silenciosamente de seus frutos.
Durante os deslocamentos admiramos pequenos açudes próximos as
propriedades rurais, lavouras de milho com espigas dobradas para baixo, reparamos
alguns silos metálicos para armazenar grãos, observamos um imponente gavião-caboclo
voando, uma siriema imóvel no topo de uma coxilha, e três-pica-paus-brancos
voando em campo aberto.
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Estrada de acesso a mata do Rio Negrinho. |
Na manhã de domingo partimos do centro de Santa Maria na Rua
Comissário Justo esquina com a Silva Jardim em direção a Estrada do Perau; estávamos em Itaara na BR158 depois de 7.700m;
rodamos 15.300m até os trilhos da
Estação Férrea do Pinhal; passamos pelo vilarejo com uma comunidade terapêutica
aos 21.190m percorridos; atravessamos a
ponte sobre o Rio Ibicuí, 26.085m; chegamos em São Martinho da Serra depois de
30.817m; nos dirigimos até uma bifurcação à esquerda para Trindade, aos 34.972m;
outra bifurcação à direita, 36.701m; conhecemos a localidade de Trindade,
43.550m; na trifurcação dobramos a primeira à direita, 45.878m; a sede da
fazenda está a 48.884m; para contemplar o Passo da Ovelha, Rio Negrinho percorremos
49.079m, que pode ser localizado nas
coordenadas geográficas: 29 24’ 42,58”S – 53 52’48,57”O.
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