Vegetação nativa |
Andamos pela ponte de concreto sobre Rio Ibicuí-mirim
sem transpor toda a sua extensão; ficamos alguns minutos observando a escassa quantidade de árvores nativas protegendo suas margens; antes de irmos em direção ao Passo do Macaco
falamos com um cavaleiro pilchado conduzindo três belos cavalos crioulos.
Movemo-nos à jusante pela superfície plana e
rochosa que existe no leito do rio entre a margem esquerda e a água corrente, que
fica descoberta em épocas de estiagem; agora não existe mais
a passarela de madeira entre colunas de concreto paralela a laje que atravessa rio.
Curso d'água rochoso perto da cascata |
Seguimos até encontrar a primeira via à esquerda, uma subida forte com muitas pedras soltas; encontramos algumas casas em terreno íngreme abrigadas pela vegetação arbórea. No vale atravessamos um riacho com um bueiro de concreto, o outro cimentado que passaríamos está no mesmo curso d’água perto da terceira bifurcação num pequeno lugarejo onde funciona uma comunidade terapêutica.
Em áreas mais abertas contemplamos os topos
dos morros com encostas vegetadas, os percursos sinuosos das estradas
pedregosas de chão batido, casas abandonadas, um caracará voando, as goiabeiras-da-serra, lavouras
de milho, outras de mandioca, e poucas de soja.
Quando nos aproximávamos das árvores é que
descobríamos que os araticunzeiros estavam com seus frutos maduros; foram várias
paradas ao longo do caminho para coletar bergamotas, mesmo verdes seus frutos são uma opção de alimento para caminhantes; coletamos duas romãs no
quintal de uma residência de madeira desabitada com laranjeiras, e numerosas figueiras galhadas.
Cascata Água Negra |
Caminhamos pelo campo antes de entrar na mata
nativa que margeia o riacho pedregoso da
cascata no território de Itaara. Avistamos entre troncos, galhos e folhas
de árvores os contornos do véu d’água em movimento. Avançamos a montante por
alguns minutos, cruzamos uma cerca de arame farpado e percebemos diversas teias
de aranhas, com ou sem a presença delas.
Rio Ibicuí-mirim visto da ponte. |
Durante 90min contemplamos o constante movimento
da água corrente esbranquiçada deslizando sobre o forte bloco rochoso escuro de basalto; o
Gabriel e a Desi aproveitaram para banharem-se na pequena piscina natural. Fizemos uma frugal refeição com uma
lata de atum ralado 88, quatro fatias de torradas,
e três guloseimas com 12 minis pastilhas docile coloridas que a Desi levou; contribui com uma manga, um pouco
de aveia laminada e um pote de iogurte natural; não faltou água, todos
levaram garrafas de 500ml.
Tomando-se como ponto de partida o Passo do Macaco percorremos cerca de 800m até a primeira bifurcação; 3.200m para
alcançarmos a segunda; aos 4.700m atingimos a terceira bifurcação; depois de 8.500m paramos na esquina da Estrada
Braida; após uma caminhada que durou cinco horas por um percurso de 12.600m chegamos na cascata Água Negra. Caso tivéssemos vindo pela ponte do Rio Ibicuí-mirim faríamos cerca de 10.800m.
Casa antiga perto da ponte, na margem da RS516. |
No sábado combinamos o passeio do domingo, na
noite anterior procuramos informações
sobre o horário do ônibus; embarcamos quando o veículo da Silva Transportes
passou às 07h10min na parada da Av. Presidente Vargas próxima a Biblioteca
Municipal; a passagem de ida até a parada do Ibicuí custou R$5,30; na volta pagamos R$ 3,85 para viajar da
localidade de Água Negra pela RS516 empoeirada até a Rua Niederauer, no centro
de Santa Maria.
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