
Vimos plantações de milhos com espigas vistosas, às
vezes entremeadas com plantios de mandioca. Encontramos bosques de eucaliptos, e
notamos troncos deles empilhados na beira de uma estrada.
Falamos com alguns moradores da localidade quando
passávamos em frente suas casas. Dona
Olinda nos surpreendeu o tanto de solstícios e equinócios que ela conta há mais de cinquenta anos naquela região. Dona
Pureza nos indicou seguir à direita na bifurcação da estrada de São Martinho
com àquela de Água Negra. Descobrimos que pessoas da família Mezzomo denominam
de Estrada Braida o caminho que alguns deles ainda não percorreram até Itaara.
Descobrimos uma trilha íngreme no mato que acessa a parte superior da
cascata. Também optamos por caminhar pelo campo para chegar no poço d'água natural, por isso andamos a montante dentro do riacho coberto pela mata ciliar.
O
sombreamento das árvores tornava a temperatura amena, e as rochas basálticas
escuras deixavam a água corrente mais fria.
Recordava-me pouco a primeira vez que estive no local há mais de dez anos. As imagens
fotográficas captadas na tarde de 18.12.2002 registraram aquela visita.
O domingo estava ensolarado e quente, mas ninguém pegou nenhum ramo de macelas floridas. Os guabijús frutificados
estavam maduros demais pra serem coletados, e apenas notamos os frutos
gelatinosos dos umbus na trilha.

