quarta-feira, 27 de abril de 2011

Os cometas de Riveramento


A manhã ensolarada contribuiu para observarmos a amplidão das coxilhas cobertas por alguns cultivos ,  casas aqui e acolá . O céu azul com nuvens brancas harmonizou os aclives durante o percurso do Arroio Ferreira aos limites da fronteira de Rosário com São Gabriel.
Notamos que estão pardacenta as lavouras de soja nos arredores de São Valentim. Era 10h00 quando passamos pela ponte sobre o Banhado Empedrado. Trinta minutos depois vimos uma placa indicando acesso a Tapýra Puitan.
Quando avistamos os prédios de Rosário do Sul ainda não tínhamos percebido a vastidão das várzeas com lavouras de arroz; sua coloração amarelada indica a época da colheita. Entrementes, não lembramos quantos minutos levamos para percorrer os 1772m da ponte sobre Rio Santa Maria.
Ao chegarmos na bifurcação da BR 290 com  a BR 158, estávamos a 100km da fronteira. Nesta  estrada visualizamos no horizonte noroeste uma extensa cadeia de montanhas. Passamos por dois cursos d’águas sem denominações; entretanto cruzamos uma ponte sobre o Rio Vacaquá , e outra no Rio Conceição. Chamou atenção uma cancha reta ao lado da estrada antes das estruturas do Brasil Ecodiesel, e dos trilhos da Viação Férrea.
Às 12h00 cruzamos o Rio Ibicuí da Faxina, rodamos mais vinte e oito minutos para avistar Santana do Livramento ao longe. Nesta cidade andando pela Av. João Goulart, observamos que as canafístulas alinhadas no canteiro central possuem copas densamente verdejantes, e seus frutos marrons estão maduros.
Uma multidão de turistas movimentavam-se pela Av. Sarandi, principalmente porque o câmbio favorável os faz adquirir chocolates, bebidas, eletrodomésticos, eletrônicos, roupas, e perfumes nas lojas dos importados. Muitos também entram nas queserias lotadas de robustos parmesões, dulcíssimos alfajores, e cremosos doces de leite produzidos no Uruguai facilmente encontrados na Rua Agraciada.
Caminhamos para encontrar um restaurante onde almoçaríamos. Entramos no Gostosuras con su Buffet de 16 platos diferentes, más ensaladas y postres; ademais, solicitei arroz, feijão, frango à milanesa. Na mesa ao lado conhecemos Dona Marlene, uma simpática Uruguaia que nasceu em Rivera.
Mais tarde fomos visitar os amigos da Rejane e do Pedro. Conhecemos a Verônica, o Hugo e o Simon Ernesto. Ele fala um fluente português com a mãe, e espanhol com o pai. Acompanhados pelo Michel, eles nos receberam com uma excelente janta numa noite acolhedora. Apreciamos uma pizza com massa integral assada numa chapa de ferro no fogão à lenha. Sob um céu estrelado pernoitamos na casa que o Hugo construiu com botellas de pet.
Tínhamos convite para permanecer mais um dia, e apesar da informação de que a previsão do tempo indicava fortes chuvas partimos à tardinha, na sexta-feira santa. O temporal fez com que aguardássemos por uma hora e meia no posto Areia Branca, em Rosário. Ali nos falaram que choveu muito por mais de quatro horas. Seguimos pela estrada quase vazia acompanhados pelos clarões dos relâmpagos iluminando a escuridão.
Um relógio digital na Av. João Goulart, em Livramento, indicava vinte e um graus às 19h00. Rodamos 103km até o Posto Areia Branca, em Rosário do Sul. Saímos dali por volta das 22h00. Depois de percorrer 135Km chegamos com forte chuva às 00h05, na Av. Walter Jobim, em Santa Maria. Foram 515.4Km ida e volta.
O Daniel,  a Adéli, a Rejane e o PF viajaram de carona com o Pedro, que dirigiu sua santana quantum azul.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Quedas d'águas no meio do mato

Ao chegar pela manhã em Três Barras conversamos com os moradores para solicitar uma visita ao local do mato onde se encontra a queda d’água. Durante trinta minutos de caminhada passamos por uma lavoura de milho e outra de mandioca. Adiante, cruzamos por um plantio de porongos. Era Janeiro, época em que as copas das canafístulas tornam-se amarelas, e a floração deixa o açoita-cavalo mais róseo. Ficamos sabendo da presença de bugios na região, porque ouvimos seus fortes roncos vindos de um morro coberto de vegetação nativa.

As macelas deixaram os campos mais amarelos e cheirosos. Era Abril quando viajamos para São Martinho da Serra. Procuramos nos informar com pessoas da cidade sobre o caminho que deveríamos seguir . Então, caminhamos pelo campo, às margens de um riacho perto da cidade, até encontrar o mato nativo. Ali ouvimos o som da queda d’água no topo escarpado da Cascata Lava-pé. Em Março de 1997, fomos a região pela primeira vez, e andamos a montante pelo leito rochoso do rio até chegar em frente a Cascata.

sábado, 2 de abril de 2011

Val Feltrina rio acima


08 de Março de 1992; sem anotação não recordaria a primeira vez que visitei o local há dezenove anos. Estava acompanhando o Valter. Pouco se modificou o caminho da casa onde o Mezzomo reside até a cascata. Inicialmente, caminhamos na trilha em campo aberto, depois na mata nativa andamos pelo leito rochoso do riacho. A cascata ainda apresenta o véu d'água em forma triangular , e uma piscina natural que recebe luz solar direta    em   determinadas  horas do dia.

Numa tarde de novembro, paramos para ver camboatás-vermelhos, canjeranas frutificadas, flores da corticeira-do-banhado e da timbaúva. Ficamos vários minutos observando um esquilo saltitando na base do tronco de algumas árvores à beira do riacho; ele permanecera sentado sob as patas posteriores, na conhecida silueta com enorme cauda ereta, ficara nesta posição para comer frutos maduros de guabiroba-do-mato.
As três primeiras imagens mostram a mesma queda d'água registradas em diferentes anos: 1) novembro de 1996; 2) 20 de agosto de 2000, o Josmar conheceu o local, estávamos acompanhados do Valter. 3) 30 de novembro de 2003, a Deca esteve lá pela primeira vez .


No mesmo curso d'água encontra-se outra chamada anversa, a última imagem, a trinta minutos de caminhada a montante; seu véu d'água cai de uma altura semelhante a da primeira, cerca de dez a doze metros. Foi visitada pelo Eduardo, Josmar e PF no dia 04 março de 2001 . Voltamos ao local dois anos depois, em novembro.