terça-feira, 26 de março de 2013

Do Passo do Macaco à Água Negra



Vegetação nativa
Andamos pela ponte de concreto sobre Rio Ibicuí-mirim sem transpor toda a sua extensão; ficamos alguns minutos observando a escassa quantidade de árvores nativas protegendo suas margens; antes de irmos em direção ao Passo do Macaco falamos com um cavaleiro pilchado conduzindo três belos cavalos crioulos.

Movemo-nos à jusante pela superfície plana e rochosa que existe no leito do rio entre a margem esquerda e a água corrente, que fica descoberta  em épocas de estiagem; agora não existe mais a passarela de madeira entre colunas de concreto  paralela a laje que atravessa rio.

Curso d'água rochoso perto da cascata
Estava nublado por volta das 09h45min  no Passo do Macaco quando nos movimentamos por estrada rochosa em direção a cascata da Água Negra.
Seguimos até encontrar a primeira via à esquerda, uma subida forte com muitas pedras soltas; encontramos algumas casas em terreno íngreme abrigadas pela vegetação arbórea. No vale atravessamos um riacho com um bueiro de concreto, o outro cimentado que passaríamos está no mesmo curso d’água perto da terceira bifurcação num pequeno lugarejo onde funciona uma comunidade terapêutica. 
Estrada lajeada no Passo do Macaco

Em áreas mais abertas contemplamos os topos dos morros com encostas vegetadas, os percursos sinuosos das estradas pedregosas de chão batido, casas abandonadas, um caracará voando, as goiabeiras-da-serra, lavouras de milho, outras de mandioca, e poucas de soja.

Quando nos aproximávamos das árvores é que descobríamos que os araticunzeiros estavam com seus frutos maduros; foram várias paradas ao longo do caminho para coletar bergamotas, mesmo verdes seus frutos são uma opção de alimento para caminhantes; coletamos duas romãs no quintal de uma residência de madeira desabitada com laranjeiras, e numerosas figueiras galhadas.

Cascata Água Negra
O sol estava quente às 13h26min quando chegamos na  Estrada Braida, dali caminhamos mais 80min para visualizar a queda d’água.  Adiante, falamos com a Suzelaine que se encontrava sentada com familiares em frente a sua casa, ela lembrou a última vez que passamos por lá, alguém comentou que em 40min chegaríamos na cascata; também conversamos com uma mulher da família Mezzomo, ela  revelou que utiliza apenas uma colher da cal por quilo de abóbora na produção do doce em calda; falando com os visitantes da Dona Olinda soubemos que ela tem mais de 80 anos, teve festa para celebrar; seu irmão Antonio comunicou pouco sobre a denominação Passo do Macaco; nos conduziram até um caquizeiro para a Desi e o Gabriel  observar pela primeira vez cinco jacús empoleirados alimentando de caquis.
Campo e morro com encosta habitada.

Caminhamos pelo campo antes de entrar na mata nativa que margeia o  riacho pedregoso da cascata no território de Itaara. Avistamos entre troncos, galhos e folhas de árvores os contornos do véu d’água em movimento. Avançamos a montante por alguns minutos, cruzamos uma cerca de arame farpado e percebemos diversas teias de aranhas, com ou sem a presença delas.

Rio Ibicuí-mirim visto da ponte.
Durante 90min contemplamos o constante movimento da água corrente esbranquiçada deslizando sobre o forte bloco rochoso escuro de basalto; o Gabriel e a Desi aproveitaram para banharem-se na pequena piscina natural.  Fizemos uma frugal refeição com uma lata de atum ralado 88, quatro fatias de torradas,  e três guloseimas com 12 minis pastilhas docile coloridas que a  Desi levou; contribui com uma manga, um pouco de aveia laminada e um pote de iogurte natural; não faltou água, todos levaram garrafas de 500ml.

Tomando-se como ponto de partida o Passo do Macaco percorremos cerca de 800m até a primeira bifurcação; 3.200m para alcançarmos a segunda; aos 4.700m atingimos a terceira bifurcação; depois de 8.500m paramos na esquina da Estrada Braida; após uma caminhada que durou cinco horas por um percurso de 12.600m chegamos na cascata Água Negra.  Caso tivéssemos vindo pela ponte do Rio Ibicuí-mirim  faríamos cerca de 10.800m.

Casa antiga perto da ponte, na margem da RS516.
No sábado combinamos o passeio do domingo, na noite  anterior procuramos informações sobre o horário do ônibus; embarcamos quando o veículo da Silva Transportes passou às 07h10min na parada da Av. Presidente Vargas próxima a Biblioteca Municipal; a passagem de ida até a parada do Ibicuí custou R$5,30;  na volta pagamos R$ 3,85 para viajar da localidade de Água Negra pela RS516 empoeirada até a Rua Niederauer, no centro de Santa Maria.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Pompeia dominical


Caminhantes ao lado de um cedro

O amarelo da floração exuberante das cássias à beira da estrada, e o amarelo-esverdeado das lavouras de arroz sendo colhidas  nas várzeas tornaram mais atrativo o percurso por Arroio Grande;


Entramos na centenária Igreja Nossa Senhora da Pompeia quando a Cristiane Loro abriu as potentes e altas portas de madeira da obra octogonal inaugurada em 1900; fotografias expostas num quadro registram os trabalhos no começo da construção; durante as conversas ficamos sabendo que já marcaram duas festas a serem  realizadas nos segundos domingos de maio e de setembro próximos.


Antiga olaria na Pompeia
Na parte mais baixa do terreno existe uma antiga olaria agora sendo utilizada como depósitos de matérias domésticos; vimos araucárias muito imponentes pelos seus diâmetros com elegantes copas amplas; encontramos cães mansos; logo nos movimentamos pela  estrada de chão batido em direção a  Silveira Martins.

Casa abandonada
Na cidade verificamos que foi instalado um relógio digital na calçada da Praça Garibaldi diagonal com a rodoviária; constatamos que na esquina da Rua Francisco Guerino com José Pinton construíram um hotel;  reparamos que a igreja Santo Antonio de Pádua com sua torre de estilo românico-bizantino recebeu uma pintura nova, recordo-me que há dois anos era verde, agora está bege claro.


Rodoviária de  Silveira Martins
Durante duas horas caminhando por um percurso de 6,4km encontramos uma casa de alvenaria abandonada num vale, vimos lavouras com milhos verdes e outras pardas já com espigas maduras; notamos diversos cultivos de soja, alguns verdejantes, outros com folhas e vagens amareladas; passamos por uma mata nativa preservada; identificamos que àquelas aves brancas eram garças-boieiras forrageando ao redor do gado no campo; e cruzamos por um riacho numa curva em cotovelo, tão destacada que instalaram uma placa para os veículos rodar a  20km/h.

Pompeia

Daquela cidade descemos em direção ao mirante Pedra do Guerino por uma das vias de acesso a Val Feltrina; colocaram uma placa perto da casa amarela dos familiares de Benjamim Gabbi para indicar o sentido da trilha.  


Andamos por um  caminho pedregoso, íngreme e arborizado até o topo do morro para avistar as amplas planícies de Arroio Grande, os morros de Val de Buia,   e parte da  região urbanizada de Camobi no horizonte sul.  Ventava às 14h quando todos  alternavam-se  para  subir  em duas rochas quase cobertas por uma vegetação arbustiva dificultando os registros da paisagem.


 Pompeia em direção a Silveira Martins
Procuramos sombra para almoçar, encontramos uma figueira ao lado de um plátano,  onde apreciamos uma fonte com água corrente no sopé do morro; o Ivan trouxera duas garrafas de vinho tinto argentino; queijo,  salame, e  pão feito com fermento de batata foram oferecidos pelo Josmar , e a Adéli levou rissoles.


Igreja da Pompeia, inaugurada em 1900.
Do centro de Santa Maria nos encaminhamos em direção a Quarta Colônia; partimos da Rua Floriano Peixoto às 10h10min no momento em que o digital do Colégio Santa Maria indicava 11 graus; rodamos 35km para chegar na Igreja da Pompeia depois de uma hora de viagem. O Ivan viajou de carona com o Helmut e a Neci; Josmar e a Deca foram juntos; Valter dirigiu acompanhado pela  Adéli e o pelo PF.

sábado, 16 de março de 2013

Gralhas nas timbaúvas



Tico-tico-rei
A falta de luz solar direta com  períodos de garoa fina durante toda a manhã de sábado mantiveram a temperatura agradável.  Circulamos apenas por trechos de estrada, sem aventurarmos até o topo do morro; ademais, ouvimos de moradores do local alguns relatos da ocorrência de jacús e de uma certa visita de um bugio-ruivo na área do Morro Cerrito.

Andando num campo nos deparamos com um capão de mato, onde uma frondosa timbaúva com muitos frutos verdes recebera a visita saltitante de cinco gralhas-picaças; nas redondezas,  silenciosamente imóveis, alguns gaviões quiri-quiris pousados em fios de uma rede energia elétrica, num panorama composto pelos morros da Serra Geral vicejando no horizonte norte.

na estrada de chão-batido
Encontramos alguns araçás-vermelhos em quintais, e uma exuberante frutificação de várias uvas-do-japão, altas 15m, na parte  da alameda calçada com rochas basálticas da Alameda Sibipiruna.

Permanecemos alguns minutos observando o movimento do tucano-de-bico-verde no tronco de um pinus;  fizemos uma rápida parada para identificar o surucuá equilibrando-se elegantemente em um fio; e por mais de uma oportunidade visualizamos a saíra-preciosa deslocando-se caprichosamente entre os galhos das árvores.

placa na esquina da Alameda Sibipiruna
Não esquecemos um tico-tico-rei erguer o vistoso topete vermelho, no mesmo local em que apanhamos frutos de uma goiabeira na beira da estrada; estávamos na esquina da alameda com o  caminho do  peregrino, onde um pequeno felino doméstico decidiu nos acompanhar pelos  limites de seu território.  

companheiro da caminhada
No passeio organizado pelo Clube de Observadores de Aves caminhei na companhia da  Mariana e o do Nícolas, ela anotou mais de trinta espécies de aves e observou um risadinha vocalizando, ele captou uma imagem do pássaro-preto-de-asa-amarela (Agelasticus thilius) forrageando na copa de uma árvore. 

A partir da Praça Saldanha Marinho, no centro de Santa Maria, seguindo-se pela Rua do Acampamento até Av. Dores, depois entrando-se na Rua Padre Kentenich para cruzar a ponte de metal com pranchas de madeira sobre a BR 158 antes de acessar a Alameda Sibipiruna no Morro do Cerrito; esta é  uma opção de  trajeto com  2.800m que poderá ser feito em 45mim .

terça-feira, 12 de março de 2013

Esquina anual

29/02/12
02/03/13
31/10/11
04/02/13
06/10/12
07/04/12
07/01/12
12/02/12
16/07/12
24/12/11
12/11/11
17/12/11
20/10/12
24/03/12
Estas imagens representam algumas mudanças ocorridas num prédio na esquina da Rua General Neto com Avenida Nossa Senhora das Dores, no centro de Santa Maria.
Há alguns anos residi  nesta região da  cidade, e frequentemente passava pela esquina onde tive a oportunidade de registrar a troca periódica dos anúncios dos outdoors.
As mudanças também podem ser notadas nas pinturas das fachadas de algumas lojas.Os registros foram realizados entre 2011 e 2013



18/02/12