sábado, 17 de setembro de 2011

Quinta amarela


Do centro de Santa Maria rumamos em direção ao horizonte leste. Chegamos nas proximidades do enorme açude à beira da RS 287. A vegetação nativa ao longo da estrada formava uma barreira natural que dificultava a observação das garças-mouras aninhadas.
Na região plana de Arroio Grande caminhamos pela estrada asfaltada para registrar um casal de coleiro-do-brejo. Foram vistos no mesmo local da visita do dia 20 de março passado.
O uso de binóculos auxiliava a percepção da cor castanha escura da coroa, garganta e peito que os garibaldis machos possuem. Mas, a identificação foi facilitada quando os enormes bandos cessavam suas exibições nas copas dos angicos-vermelhos frutificados.
No banhado úmido e lamacento, onde se notava os restos do último cultivo de arroz, encontramos um poço d’água no pátio de uma casa de alvenaria abandonados.
Andamos pelas ruas calçadas com paralelepípedos, no centro de Silveira Martins. Almoçamos risoto e salada de alface no restaurante da Praça Garibaldi.
À tarde estivemos na Quinta Dom Inácio, agora desativada. Encontramos as copas dos caquizeiros verdes, e muitas bergamoteiras amarelas com frutas maduras. Depois ziguezagueamos morro abaixo até o riacho com uma cascata.
Tão exuberante o branco das pétalas da pereira quanto delicada a floração das pitangueiras. Entretanto, foi pouca oportunidade para observar que o tié-preto tem no alto da cabeça um detalhe vermelho.
O passeio no segundo domingo de setembro foi organizado pelo Clube de Observadores de Aves.
Tié-preto - (Tachyphonus coronatus), do grego takhuphonos = que canta rápido; do latim, coronatus = coroado. Fonte: Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Beija-flor-de-topete-roxo no Morro do Elefante


Começamos a caminhada em direção ao Morro do Elefante sob uma neblina, que dissipou-se ainda pela manhã de sábado.
Aproximamo-nos de um ipê-amarelo para observar a visita que um beija-flor-de-bico-dourado, uma mariquita e dois encontros fizeram aos ramos floridos dele.
Cruzamos pelos trilhos da Viação Férrea e rumamos pela estrada reta de chão-batido. Permanecemos alguns minutos perto de um açude para registrar um bando de jaçanãs com filhotes, e várias galinholas nadando e forrageando.
Ademais, encontramos uma quantidade de garrafas plásticas boiando e muito lixo ao redor do local.
Ficamos bastante envolvidos para determinar qual pássaro movimentava-se solitariamente na vegetação arbustiva do banhado. Quando pousou vimos seu dorso pardo -ferrugíneo e ventre esbranquiçado. Mas foi a observação do seu mento amarelo que se identificou o curutié.
O sol já havia surgido quando registramos um gavião-caboclo na copa de um enorme eucalipto. Fotografamos um pitiguari visitando uma pitangueira florida. Ficamos surpresos com o vermelho vibrante de um príncipe. No alto um gavião-de-cauda-curta planando entre dez urubus-de-cabeça-preta, e um bando de sessenta irerês pousadas à margem de um açude.
Faltava alguns minutos para as quatro da tarde quando chegamos num platô perto do topo do morro. Caminhamos por uma área com vegetação arbórea nativa, onde já foi uma lavoura. Chegamos no território do beija-flor-de-topete-roxo.
A última visita que fiz ao local foi durante uma prática de um curso de ornitologia, realizada em novembro de 2008.
Passeio organizado pelo Clube de Observadores de Aves durante um dia de temperatura agradável. Numa tarde de céu azul com algumas nuvens brancas.
Beija-flor-de-topete-roxo (Stephanoxis lalandi), do grego stephanos = coroa + oxus = afiado, aguçado, pontudo (referência à crista pontuda desta ave). Fonte: Aves Brasileiras e plantas que as atraem.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Pato-do-mato no banhado taquarichim

Ventava pela manhã quando partimos da Av. Rio Branco em direção a Vila do Boi Morto. Cerca de trinta minutos depois chegamos no Campo de Instrução de Santa Maria, sem vento nas copas floridas dos ipês-amarelos.

Caminhando por uma coxilha úmida visualizamos os prédios de Santa Maria, eles formavam uma panorâmica com os morros altos ao Norte.

Andamos por trilha no mato nativo na sede de Gravatás. Passamos por troncos robustos de algumas coronilhas espinhosas, branquilhos floridos e muitas laranjeiras-do-mato com floração abundante.

Fomos em direção ao açude próximo. Notamos um bando de bugios-ruivos deslocando-se pelas copas altas da mata à beira do açude. Alguns viram pela primeira vez este primata na natureza.

Depois do almoço seguimos por estrada de chão-batido coxilha acima até o Ponto de Observação. Sob sol quente andamos estrada abaixo até o Arroio Taquarichim. No barro encontramos pegadas de veado, outras de graxaim e umas de mão-pelada.

À tarde nublou antes da chuva. Estávamos numa área plana de mata ciliar quando fomos surpreendidos pelo vôo forte de um pato-do-mato. Encontramos algumas marrecas-pé-vermelho, observamos um gavião-do-banhado, e um gavião-peneira planando alto.

O passeio foi organizado pelo Clube de Observadores de Aves, contou com a presença de um grupo com vinte e cinco pessoas.