A manhã ensolarada contribuiu para observarmos a amplidão das coxilhas cobertas por alguns  cultivos ,  casas aqui e acolá  . O céu azul com nuvens brancas  harmonizou  os aclives durante o percurso do Arroio Ferreira aos limites da fronteira de Rosário com São Gabriel.  
Notamos que estão pardacenta as lavouras de soja  nos arredores de São Valentim. Era 10h00 quando passamos pela ponte sobre o Banhado Empedrado. Trinta minutos depois vimos uma placa indicando acesso a Tapýra Puitan. 
Quando avistamos os prédios de Rosário do Sul ainda não tínhamos percebido a vastidão das várzeas com  lavouras de arroz;  sua coloração amarelada indica a época da colheita. Entrementes, não lembramos quantos minutos levamos para percorrer os 1772m da ponte sobre  Rio Santa Maria. 
Ao chegarmos na bifurcação da BR 290 com  a BR 158, estávamos a 100km da  fronteira. Nesta  estrada visualizamos no horizonte noroeste uma extensa cadeia de montanhas. Passamos por dois cursos d’águas sem denominações; entretanto cruzamos uma ponte sobre o Rio Vacaquá , e outra no Rio Conceição. Chamou atenção uma cancha reta ao lado  da estrada antes das estruturas do Brasil Ecodiesel, e dos trilhos da Viação Férrea. 
 Às 12h00 cruzamos o Rio Ibicuí da Faxina, rodamos mais vinte e oito minutos para avistar Santana do Livramento ao longe. Nesta cidade andando pela  Av. João Goulart, observamos que as canafístulas alinhadas no canteiro central possuem  copas densamente verdejantes, e seus  frutos marrons estão maduros.
Uma multidão de turistas movimentavam-se pela Av. Sarandi, principalmente porque o câmbio favorável os faz adquirir chocolates, bebidas, eletrodomésticos, eletrônicos, roupas, e perfumes nas lojas dos importados.   Muitos também entram nas queserias lotadas de robustos parmesões, dulcíssimos alfajores, e  cremosos doces de leite produzidos no Uruguai facilmente encontrados na   Rua Agraciada. 
Caminhamos para encontrar um restaurante onde almoçaríamos. Entramos no Gostosuras con su  Buffet de 16 platos diferentes, más ensaladas y postres; ademais, solicitei arroz, feijão, frango à milanesa. Na mesa ao lado conhecemos Dona Marlene, uma simpática Uruguaia que nasceu em Rivera. 
Mais tarde fomos visitar os amigos da Rejane e do Pedro. Conhecemos a Verônica, o Hugo e o Simon Ernesto. Ele fala um fluente português com a mãe, e espanhol com o pai. Acompanhados pelo Michel, eles nos receberam com uma excelente janta numa noite acolhedora. Apreciamos uma pizza com massa integral assada  numa chapa de ferro no fogão à lenha.  Sob um céu estrelado pernoitamos na casa que o Hugo construiu com botellas de pet.
Tínhamos convite para permanecer mais um dia, e apesar da informação de que a previsão do tempo indicava fortes chuvas partimos à tardinha, na sexta-feira santa. O temporal  fez com que  aguardássemos por uma hora e meia no posto Areia Branca, em Rosário. Ali nos falaram que choveu muito por mais de quatro horas. Seguimos pela estrada quase vazia acompanhados  pelos clarões dos relâmpagos iluminando a escuridão. 
Um relógio digital na Av. João Goulart, em Livramento,  indicava vinte e um graus às 19h00.  Rodamos 103km até o  Posto Areia Branca, em Rosário do Sul. Saímos dali por volta das 22h00.   Depois de percorrer 135Km chegamos com forte chuva às 00h05,  na Av. Walter Jobim, em Santa Maria. Foram 515.4Km ida e volta.
O Daniel,   a Adéli, a Rejane e o PF viajaram de carona com o Pedro,  que dirigiu sua santana quantum azul.